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Máximo deixa herança maldita na Saúde e, nas investigações da PF sobre a Covid, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”

Disposto a concorrer ao Governo de Rondônia, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) deixou um legado de suspeitas de corrupção e recebimento de propina no pior momento da Saúde pública de Rondônia, durante a pandemia da Covid-19. Ao lado do governador Marcos Rocha, Máximo também é responsável pelo fracasso da construção do novo Hospital de Urgência e Emergência, que viria substituir o Pronto Socorro João Paulo II. Máximo e Rocha venceram as eleições em cima de uma grande farsa sobre a melhoria da Saúde rondoniense ao utilizar caminhões e máquinas do próprio Estado para teatralizar uma construção de um hospital que já sabiam que nunca sairia do papel. 

Máximo deixa herança maldita na Saúde e, nas investigações da PF sobre a Covid, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”

Máximo também demonstrou desprezo a vida humana, quando questionado pela Polícia Federal sobre seu envolvimento na Operação Polígrafo, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”. O ex-secretário de Saúde tentou justificar a compra de 100 mil kits de testes da Covid de uma empresa de fundo de quintal e sem o devido registro da Anvisa. No dia 16 de agosto, a Polícia Federal realizou a terceira fase da Operação Polígrafo. Máximo foi responsável pela negociação e compra do material, pagou R$ 3 milhões adiantados e ainda determinou que o Corpo de Bombeiros utilizasse um avião da corporação para buscar os testes. 

Na primeira fase, apurou-se que os 100 mil kits de testes rápidos não funcionavam e que havia um esquema de corrupção ativa e passiva envolvendo empresários e políticos ligados à Sesau. Na segunda fase, realizada em agosto de 2022, levantou-se que houve prévio direcionamento por parte de gestores da Sesau na contratação da empresa, sendo que aproximadamente R$450 mil do valor do contrato seria pago em forma de propina. Além disso, há evidências de possível oferecimento de vantagem indevida a funcionários da Anvisa para acelerar o processo de registro dos testes. Os testes comprados pela Sesau tiveram um superfaturamento de 39,43%.

Envolvido no esquema, Máximo foi chamado a Polícia Federal. Em seu depoimento, tentou justificar a compra, alegando que não havia teste disponível no mercado, e afirmou a famosa frase de que as pessoas infectadas iriam morrer de qualquer maneira. Ou seja, com teste funcionando ou não a sentença de morte já era certa. As palavras foram ditas por quem utilizou a palavra de Deus e a fé alheia de milhares de evangélicos para galgar um cargo público eletivo. Hoje, ele desfila nos eventos religiosos, chegando a chorar durante suas orações, para manter cativo esse eleitorado.

A grande farsa do HEURO orquestrada por Marcos Rocha e Fernando Máximo

O estado deplorável da Saúde não é culpa somente da má gestão do Governo Marcos Rocha. Mas tem raízes em seus gestores que utilizaram a pasta para compras e contratos suspeitos e venderam ilusões para a população rondoniense. Na página oficial do Governo de Rondônia, é possível observar a imagem histórica do governador Marcos Rocha, a primeira-dama Luana Rocha, e o ex-secretário Fernando Máximo pulando de alegria pelo lançamento de uma placa da chamada pedra fundamental do futuro HEURO, na zona leste de Porto Velho. Na época, Máximo e o governador foram até São Paulo em busca de um consórcio para construir o prédio com base no modelo Built to Suit (BTS), para garantir justamente agilidade na obra. Vejam a frase do governador:  “Outros estados já estão tendo Rondônia como exemplo”. Não se sabe qual exemplo: do descaso ou má gestão de recursos públicos da Saúde. Na época, Fernando Máximo também declarou que o João Paulo II precisaria de mais leitos para atender a demanda e o custo, na época, seria de R$ 4 milhões para manter os pacientes.

Como candidato a governador, Máximo deve fazer nova promessa da construção de um novo pronto socorro estadual. Promessas que já foram feitas por ele mesmo, Marcos Rocha e até pelo ex-governador e senador Confúcio Moura, cujos esqueletos do seu “HEURO” podem ser vistos ao lado do Hospital Infantil Cosme e Damião.